Os anos sessenta chegavam ao seu final. O mundo explodia nas rosas da morte no Vietnã. Hippies exóticos viajavam por todas as estradas do planeta, em busca de paz e amor. As drogas produziam embalos alucinógenos, descortinando um mundo de cores e curtições, narcoses e baratos transcendentes.
Estudantes armavam barricadas nas ruas de Paris, os astronautas davam os primeiros passos no cosmos, e tocavam com os pés o chão da Lua.
Tudo era liberado nos campos de Woodstock, enquanto Jimmy Hendrix fazia gemer sua guitarra, num grito desesperado de ajuda.
Nascia uma grande procura, uma busca desesperada pela existência, algo que arrancasse a gente desse dilema do ser e o nada.
Certo dia do ano de 1970, ainda voando nas alturas, um desses hippies desceu o corredor da Igreja, parou diante do altar, abriu os braços e, num grande clamor, bradou: